"A LIBERDADE OU O AMOR" de Robert Desnos - 1ª Edição de 2016


Especificações


Descrição

"A LIBERDADE OU O AMOR"
de Robert Desnos

Tradução e Apresentação de Aníbal Fernandes

1ª Edição de 2016
SISTEMA SOLAR
138 Páginas

Onírico e surrealista.
Audaciosamente erótico.
Irreprimivelmente subversivo.

«A eternidade; eis o sumptuoso teatro onde a liberdade e o amor se chocam para me possuir. Por todos os lados a eternidade me rodeia como uma casca de ovo imensa; e eis que a liberdade, bela leoa, me convida a segui-la. E são caminhos de areia debaixo de um céu uniforme, grandes dunas, nuvens idênticas. Mas a liberdade, bela leoa, a seu bel-prazer se transforma. Aqui a tendes tempestade convencional sob nuvens imóveis; aqui a tendes mulher com boné frígio, viril nas tribunas da Convenção e na Esplanada dos Frades Bernardos. Mas, já mulher, ainda conseguirá ser esta maravilhosa, ser ainda esta predestinada palavra no olimpo das minhas noites, mulher flexível, e seduzida, e já o amor? O amor com os seus seios rudes e o seu colo frio. O amor com braços aprisionadores, o amor com vigílias movimentadas a dois numa cama coberta de rendas.»
Robert Desnos

Depois de A Liberdade ou o Amor, Robert Desnos [Paris, 1900 - Teresin, 1945] teve dezoito anos de vida para se exercer como poeta de versos, jornalista, crítico literário e de cinema, vendedor imobiliário; para ser o argumentista de filmes, para ser autor de um programa radiofónico célebre (La complainte de Fantômas), para escrever os textos líricos do filme Panurge de Michel Beruheim, a letra da cantata feita para a inauguração do Museu do Homem, com música de Darius Milhaud Teve uma actividade intelectual intensa e ocasião para se afirmar como um dos maiores poetas da sua geração; pôde reunir os seus poemas mais significativos em dois livros, Corps et biens (1930) e Fortunes (1942) (com o longo poema Siramour onde Lisboa é cinco vezes citada); e conseguir escrever um quase-romance, Le vin est tiré (1943), onde lamenta e comenta os malefícios da droga (Desnos foi um viciado opiómano) Mas houve um fatal acidente ligado à sua corajosa militância anti-fascista.
Os artigos que assinou no jornal Aujourd hui, odiado pela extrema-direita, e com o pseudónimo Cancale num jornal clandestino anti-alemão, marcaram-no durante a presença nazi como um alvo a abater. Foi preso em 22 de Fevereiro de 1944; deportado para Compiègne, depois para Auchwitz, Buchenwald, Flossenburg, Flöha, e finalmente para Teresin na Checoslováquia.
Aníbal Fernandes

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Robert Desnos (Paris, 4 de julho de 1900 Terezín, 8 de junho de 1945) foi um poeta surrealista francês. Seus companheiros o apelidaram "Sonhador Acordado", pois era capaz, enquanto dormia, de contar histórias para quem o quisesse ouvir. Mas, assim que acordava, não se lembrava de nada.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Desnos era um membro activo da Resistência Francesa chamada de Réseau AGIR, sob a direcção de Michel Hollard, publicando muitas vezes através de pseudónimos. Para a Réseau Agir, Desnos forneceu informação que reuniu durante o seu trabalho no jornal Aujourd'hui e criou papéis de falsa identidade. Foi preso pela Gestapo a 22 de fevereiro de 1944.

Inicialmente foi deportado para os campos de concentração Alemães como Auschwitz na ocupada Polónia, depois Buchenwald, Flossenburg na Alemanha e finalmente para Theresiendstadt, em Terezín na ocupada Checoslováquia em 1945.

Desnos morreu de febre tifoide, 3 dias depois da sua libertação do campo de concentração.

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