"Poesia Completa - 1867 a 1900" de António Nobre - 1ª Edição de 2000
Preço: 20 €"Poesia Completa - 1867 a 1900" de António Nobre - 1ª Edição de 2000
Especificações
- TipoVenda
- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
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Descrição
"Poesia Completa - 1867 a 1900"
de António Nobre
1ª Edição de 2000
Publicações Dom Quixote
486 Páginas
Ó VIRGENS!
Ó virgens que passaes, ao sol-poente,
Pelas estradas ermas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente
Que me transporte ao meu perdido lar...
Cantae-me, n'essa voz omnipotente,
O sol que tomba, aureolando o mar,
A fartura da seara reluzente,
O vinho, a graça, a formozura, o luar!
Cantae! cantae as limpidas cantigas!
Das ruinas do meu lar desatterrae
Todas aquellas illuzões antigas
Que eu vi morrer n'um sonho, como um ai...
Ó suaves e frescas raparigas;
Adormecei-me n'essa voz... Cantae!
---
António Pereira Nobre nasceu a 16 de agosto de 1867, na Rua de Santa Catarina, no Porto. Filho de burgueses abastados, estudou em vários colégios da cidade invicta e passava os verões nas casas que a família tinha no campo, na Lixa ou no Seixo (o seu «paraíso perdido», como lhe chamou o maior biógrafo do poeta, Guilherme de Castilho), ou na praia, em Leça, frequentada pela colónia inglesa, onde viria a descobrir o fascínio do mar, o «Prof. Oceano», seu grande mestre da praia da Boa Nova, professor em «aula aberta», e onde conheceria Miss Charlote, jovem perceptora inglesa com quem viria a corresponder-se durante dois anos, e que lhe encurtaria o nome para Anto, que ele tornaria personagem de ficção nos "Males de Anto", poema que encerra o "Só". Começou a escrever muito cedo, os seus primeiros poemas datam dos 15 anos de idade. Ruma alguns anos mais tarde a Coimbra, onde cursará Direito. Nesta altura já publicara numerosos poemas em jornais e revistas. Faz parte do grupo da revista "Boémia Nova", dirigida por Alberto Oliveira. Acaba por ser reprovado no primeiro ano. Durante as férias vai cimentar-se a sua amizade com Alberto Oliveira, tendo ambos partilhado uma casa em Leça. Nobre convive também com os pescadores, que carinhosamente o tratam por «o Criatura Nova». Regressa a Coimbra e depois da segunda reprovação decide ir fazer a licenciatura para Paris. Aí contactará com os poetas simbolistas, conhece Verlaine (que, ao que consta, muito admirava os versos do poeta português) e muitas outras «celebridades e celebróides», que refere num caderno de apontamentos, entre as quais se encontram os escritores Émile Zola, Alexandre Dumas e Mallarmé, ou a atriz Sarah Bernhardt. Mas Nobre acabará por viver momentos de angústia na «cidade luz», lutando com dificuldades financeiras, longe da Pátria, dos lugares de infância e dos amigos. E é na solidão do seu quarto da rue des Écoles que escreverá muitos dos poemas que integrarão o "Só", publicado em Paris em 1892, pelo editor dos poetas simbolistas, Léon Vanier. A obra é mal acolhida em Portugal, com exceção de alguns amigos, mas quando o livro é reeditado seis anos depois, as reações já são mais favoráveis. Hoje faz-se-lhe finalmente justiça e "Só" está entre os livros maiores da literatura portuguesa. "Só" é um retrato do país em fins do séc. XIX, em especial do Norte ( Douro e Minho), feito com grande ironia.
ESGOTADO NAS LIVRARIAS
BOM ESTADO - PORTES GRÁTIS
de António Nobre
1ª Edição de 2000
Publicações Dom Quixote
486 Páginas
Ó VIRGENS!
Ó virgens que passaes, ao sol-poente,
Pelas estradas ermas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente
Que me transporte ao meu perdido lar...
Cantae-me, n'essa voz omnipotente,
O sol que tomba, aureolando o mar,
A fartura da seara reluzente,
O vinho, a graça, a formozura, o luar!
Cantae! cantae as limpidas cantigas!
Das ruinas do meu lar desatterrae
Todas aquellas illuzões antigas
Que eu vi morrer n'um sonho, como um ai...
Ó suaves e frescas raparigas;
Adormecei-me n'essa voz... Cantae!
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António Pereira Nobre nasceu a 16 de agosto de 1867, na Rua de Santa Catarina, no Porto. Filho de burgueses abastados, estudou em vários colégios da cidade invicta e passava os verões nas casas que a família tinha no campo, na Lixa ou no Seixo (o seu «paraíso perdido», como lhe chamou o maior biógrafo do poeta, Guilherme de Castilho), ou na praia, em Leça, frequentada pela colónia inglesa, onde viria a descobrir o fascínio do mar, o «Prof. Oceano», seu grande mestre da praia da Boa Nova, professor em «aula aberta», e onde conheceria Miss Charlote, jovem perceptora inglesa com quem viria a corresponder-se durante dois anos, e que lhe encurtaria o nome para Anto, que ele tornaria personagem de ficção nos "Males de Anto", poema que encerra o "Só". Começou a escrever muito cedo, os seus primeiros poemas datam dos 15 anos de idade. Ruma alguns anos mais tarde a Coimbra, onde cursará Direito. Nesta altura já publicara numerosos poemas em jornais e revistas. Faz parte do grupo da revista "Boémia Nova", dirigida por Alberto Oliveira. Acaba por ser reprovado no primeiro ano. Durante as férias vai cimentar-se a sua amizade com Alberto Oliveira, tendo ambos partilhado uma casa em Leça. Nobre convive também com os pescadores, que carinhosamente o tratam por «o Criatura Nova». Regressa a Coimbra e depois da segunda reprovação decide ir fazer a licenciatura para Paris. Aí contactará com os poetas simbolistas, conhece Verlaine (que, ao que consta, muito admirava os versos do poeta português) e muitas outras «celebridades e celebróides», que refere num caderno de apontamentos, entre as quais se encontram os escritores Émile Zola, Alexandre Dumas e Mallarmé, ou a atriz Sarah Bernhardt. Mas Nobre acabará por viver momentos de angústia na «cidade luz», lutando com dificuldades financeiras, longe da Pátria, dos lugares de infância e dos amigos. E é na solidão do seu quarto da rue des Écoles que escreverá muitos dos poemas que integrarão o "Só", publicado em Paris em 1892, pelo editor dos poetas simbolistas, Léon Vanier. A obra é mal acolhida em Portugal, com exceção de alguns amigos, mas quando o livro é reeditado seis anos depois, as reações já são mais favoráveis. Hoje faz-se-lhe finalmente justiça e "Só" está entre os livros maiores da literatura portuguesa. "Só" é um retrato do país em fins do séc. XIX, em especial do Norte ( Douro e Minho), feito com grande ironia.
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