"NOVA SAFO" - Tragédia Estranha de Visconde de Vila-Moura - 1ª Edição de 2017
Preço: 12 €"NOVA SAFO" - Tragédia Estranha de Visconde de Vila-Moura - 1ª Edição de 2017
Especificações
- TipoVenda
- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
- Id do anúncio44378965
- Id do anunciante54EE
Descrição
"NOVA SAFO"
Tragédia Estranha
de Visconde de Vila-Moura
Apresentação de Aníbal Fernandes
1ª Edição de 2017
SISTEMA SOLAR
212 Páginas
Homossexualidades feminina e masculina,
necrofilia, nanofilia
O aristocrático escândalo de 1912.
Decadentista convicto, [o Visconde de Vila-Moura] surpreendia-se quando lhe chamavam romântico: Eu fui, algures, apodado de romântico, eu que ousei um dos mais estranhos e difíceis capítulos da vida humana; a loucura sensual na Nova Safo. [ ]
Maria Peregrina, a Nova Safo do romance, tenta argumentar e defender a sua razão sensual de existir, a sexualidade extravagante que é conflito dolorosíssimo entre o instinto próprio e a mesquinhez alheia, esse conflito que não resulta da acuidade da inteligência, mas de um mistério emocional; fá-lo sobretudo na longa Elegia da Morte que conclui o livro. Maria Peregrina permite-se conceder a si própria o direito a toda a perversão, se perversão é amar a parte bela da matéria. E não se trata de uma atitude onde não caiba Deus: Creio no Deus de todos os cultos, embora aborreça a liturgia que o oculta.
A minha bondade aceita em pé de igualdade, lê-se na «Elegia», o amor idealista de Santa Teresa de Jesus - a mística, os impulsos bestiais de Calígula e as ordens alucinadas de Nero, determinando-se em sensualidade ou incendiando Roma para mergulhar a alma sublimemente perversa nas labaredas de uma civilização a arder. Uma experiência de vida moldada por todas as liberdades sensuais foi o que lhe acurou os vícios; sugeriu-lhe a defesa íntegra dos seus actos e criou, paralelamente a um niilismo de sentido, uma Filosofia que prende a uma Liberdade amoral que vai além da outra - a que peja os Códigos, as Bíblias. Maria Peregrina não cabe dentro do mundo, e decide: vou ser o Éter que me sobe à nova Vida.
Flaubert afirmou que era a Madame Bovary; o visconde de Vila-Moura poderia ter afirmado: eu sou Maria Peregrina.
Aníbal Fernandes
---
Bento de Oliveira Cardoso e Castro Guedes de Carvalho Lobo [Baião, Grilo, 1877-Porto, 1935] foi o primeiro e único Visconde de Vila-Moura.
Formado em Direito, foi político, intelectual e escritor decadentista, que exerceu, entre outras funções, o cargo de deputado às Cortes da Monarquia Constitucional Portuguesa.
Correspondente de Fernando Pessoa, foi cronista da revista A Águia e autor de uma vasta e fecunda obra como romancista, novelista, contista, cronista e crítico literário.
NOVO - PORTES GRÁTIS
Tragédia Estranha
de Visconde de Vila-Moura
Apresentação de Aníbal Fernandes
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Homossexualidades feminina e masculina,
necrofilia, nanofilia
O aristocrático escândalo de 1912.
Decadentista convicto, [o Visconde de Vila-Moura] surpreendia-se quando lhe chamavam romântico: Eu fui, algures, apodado de romântico, eu que ousei um dos mais estranhos e difíceis capítulos da vida humana; a loucura sensual na Nova Safo. [ ]
Maria Peregrina, a Nova Safo do romance, tenta argumentar e defender a sua razão sensual de existir, a sexualidade extravagante que é conflito dolorosíssimo entre o instinto próprio e a mesquinhez alheia, esse conflito que não resulta da acuidade da inteligência, mas de um mistério emocional; fá-lo sobretudo na longa Elegia da Morte que conclui o livro. Maria Peregrina permite-se conceder a si própria o direito a toda a perversão, se perversão é amar a parte bela da matéria. E não se trata de uma atitude onde não caiba Deus: Creio no Deus de todos os cultos, embora aborreça a liturgia que o oculta.
A minha bondade aceita em pé de igualdade, lê-se na «Elegia», o amor idealista de Santa Teresa de Jesus - a mística, os impulsos bestiais de Calígula e as ordens alucinadas de Nero, determinando-se em sensualidade ou incendiando Roma para mergulhar a alma sublimemente perversa nas labaredas de uma civilização a arder. Uma experiência de vida moldada por todas as liberdades sensuais foi o que lhe acurou os vícios; sugeriu-lhe a defesa íntegra dos seus actos e criou, paralelamente a um niilismo de sentido, uma Filosofia que prende a uma Liberdade amoral que vai além da outra - a que peja os Códigos, as Bíblias. Maria Peregrina não cabe dentro do mundo, e decide: vou ser o Éter que me sobe à nova Vida.
Flaubert afirmou que era a Madame Bovary; o visconde de Vila-Moura poderia ter afirmado: eu sou Maria Peregrina.
Aníbal Fernandes
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Bento de Oliveira Cardoso e Castro Guedes de Carvalho Lobo [Baião, Grilo, 1877-Porto, 1935] foi o primeiro e único Visconde de Vila-Moura.
Formado em Direito, foi político, intelectual e escritor decadentista, que exerceu, entre outras funções, o cargo de deputado às Cortes da Monarquia Constitucional Portuguesa.
Correspondente de Fernando Pessoa, foi cronista da revista A Águia e autor de uma vasta e fecunda obra como romancista, novelista, contista, cronista e crítico literário.
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