"MESSALINA" de Alfred Jarry - 1ª Edição de 2016
Preço: 10 €"MESSALINA" de Alfred Jarry - 1ª Edição de 2016
Especificações
- TipoVenda
- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
- Id do anúncio44353838
- Id do anunciante76DD
Descrição
"MESSALINA"
de Alfred Jarry
Tradução e Apresentação de Aníbal Fernandes
1ª Edição de 2016
SISTEMA SOLAR
126 Páginas
Um resíduo histórico perturbado pela alucinação.
Um tecido subtil de símbolos sexuais.
Messalina com uma heroicidade mitológica.
À saída de um lupanar, Messalina vê a imagem do deus Fales levantar voo e desaparecer no céu. Isto contraria o seu desejo de possuir em amor o próprio deus, degrau máximo para a sua experiência sexual. Acabará no entanto por concluir que o deus não desertou para nenhum olimpo e apenas se mudou para os jardins de Lúculo, nessa altura pertencentes ao Asiático, um rico habitante de Roma. Possuir a sua chave faz-se invencível obsessão da imperatriz, que não hesita em conjecturar uma mentirosa denúncia e condenar o Asiático à morte. Já proprietária dos jardins, não encontra lá o deus mas um dos mais célebres mímicos de Roma. Ela quer, na sua frustração, tomá-lo pelo deus, mas é-lhe oposta uma sexualidade pouco sensível a mulheres, que embora incitada com filtros sábios não se mostra capaz de lhe satisfazer os desejos. Desdenhada por este Fales decaído até às inapetências de um mímico, Messalina opta por possuir o considerado mais belo romano dessa época. E a volúpia sentida nos braços deste macho de eleição dá-lhe audácia para repetir, na ausência do imperador, as cerimónias de um novo e ilegal casamento. Condenada à morte, a imperatriz não hesitará em ver no gládio fálico que a penetra a verdadeira imagem do deus finalmente possuído.
Aníbal Fernandes
---
Alfred Jarry [Laval, 1873-Paris, 1907] foi de um modo raro homem de letras. Os seus actos mais insignificantes, as suas traquinices, eram literatura. Porque estava ancorado nas letras e em mais nenhum lado. Mas de que forma admirável! Foi um dia dito à minha frente que Jarry tinha sido o último autor burlesco. É um erro! A maior parte dos autores do século XV e uma grande parte dos autores do século XVI não teriam sido, se assim fosse, mais do que burlescos. Esta palavra não pode designar os mais raros produtos da cultura humanista. Não dispomos de termo que possa aplicar-se a esta jovialidade particular onde o lirismo se faz satírico; onde a sátira, por se exercer sobre a realidade, de uma tal forma ultrapassa o objecto e consegue destruí-lo; tão alto sobe, que só a muito custo lá chega a poesia; ao passo que a trivialidade está aqui relacionada com o próprio gosto, e por um fenómeno inconcebível faz-se necessária. Só o Renascimento permitiu estes deboches da inteligência onde os sentimentos não se incluem; e Jarry, por um milagre, foi o derradeiro desses deboches sublimes.
Guillaume Apollinaire
*
Alfred Jarry foi um escritor francês nascido em Laval, Mayenne, França, não muito longe da fronteira com a Bretanha; era descendente de bretões por parte de mãe.
Mais conhecido por sua peça Ubu Roi (1896), frequentemente citada como precursora do teatro surrealista das décadas de 1920 e 1930, Jarry escreveu em uma variedade de gêneros e estilos. Escreveu peças, romances, poesias, ensaios e jornalismo especulativo. Seus textos apresentam trabalhos pioneiros no campo da literatura absurdista. Às vezes grotesco ou incompreendido (por exemplo, o verso de abertura de sua peça Ubu Roi, "Merdre!", foi traduzido para o inglês como "Pshit!", "Shitteth!", "Shittr!", "Shikt!", "Shrit!" e "Pschitt!"), ele inventou uma pseudociência chamada "Patafísica".
Da Wikipédia
NOVO - PORTES GRÁTIS
de Alfred Jarry
Tradução e Apresentação de Aníbal Fernandes
1ª Edição de 2016
SISTEMA SOLAR
126 Páginas
Um resíduo histórico perturbado pela alucinação.
Um tecido subtil de símbolos sexuais.
Messalina com uma heroicidade mitológica.
À saída de um lupanar, Messalina vê a imagem do deus Fales levantar voo e desaparecer no céu. Isto contraria o seu desejo de possuir em amor o próprio deus, degrau máximo para a sua experiência sexual. Acabará no entanto por concluir que o deus não desertou para nenhum olimpo e apenas se mudou para os jardins de Lúculo, nessa altura pertencentes ao Asiático, um rico habitante de Roma. Possuir a sua chave faz-se invencível obsessão da imperatriz, que não hesita em conjecturar uma mentirosa denúncia e condenar o Asiático à morte. Já proprietária dos jardins, não encontra lá o deus mas um dos mais célebres mímicos de Roma. Ela quer, na sua frustração, tomá-lo pelo deus, mas é-lhe oposta uma sexualidade pouco sensível a mulheres, que embora incitada com filtros sábios não se mostra capaz de lhe satisfazer os desejos. Desdenhada por este Fales decaído até às inapetências de um mímico, Messalina opta por possuir o considerado mais belo romano dessa época. E a volúpia sentida nos braços deste macho de eleição dá-lhe audácia para repetir, na ausência do imperador, as cerimónias de um novo e ilegal casamento. Condenada à morte, a imperatriz não hesitará em ver no gládio fálico que a penetra a verdadeira imagem do deus finalmente possuído.
Aníbal Fernandes
---
Alfred Jarry [Laval, 1873-Paris, 1907] foi de um modo raro homem de letras. Os seus actos mais insignificantes, as suas traquinices, eram literatura. Porque estava ancorado nas letras e em mais nenhum lado. Mas de que forma admirável! Foi um dia dito à minha frente que Jarry tinha sido o último autor burlesco. É um erro! A maior parte dos autores do século XV e uma grande parte dos autores do século XVI não teriam sido, se assim fosse, mais do que burlescos. Esta palavra não pode designar os mais raros produtos da cultura humanista. Não dispomos de termo que possa aplicar-se a esta jovialidade particular onde o lirismo se faz satírico; onde a sátira, por se exercer sobre a realidade, de uma tal forma ultrapassa o objecto e consegue destruí-lo; tão alto sobe, que só a muito custo lá chega a poesia; ao passo que a trivialidade está aqui relacionada com o próprio gosto, e por um fenómeno inconcebível faz-se necessária. Só o Renascimento permitiu estes deboches da inteligência onde os sentimentos não se incluem; e Jarry, por um milagre, foi o derradeiro desses deboches sublimes.
Guillaume Apollinaire
*
Alfred Jarry foi um escritor francês nascido em Laval, Mayenne, França, não muito longe da fronteira com a Bretanha; era descendente de bretões por parte de mãe.
Mais conhecido por sua peça Ubu Roi (1896), frequentemente citada como precursora do teatro surrealista das décadas de 1920 e 1930, Jarry escreveu em uma variedade de gêneros e estilos. Escreveu peças, romances, poesias, ensaios e jornalismo especulativo. Seus textos apresentam trabalhos pioneiros no campo da literatura absurdista. Às vezes grotesco ou incompreendido (por exemplo, o verso de abertura de sua peça Ubu Roi, "Merdre!", foi traduzido para o inglês como "Pshit!", "Shitteth!", "Shittr!", "Shikt!", "Shrit!" e "Pschitt!"), ele inventou uma pseudociência chamada "Patafísica".
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