"Mandei-lhe uma Boca" de Olga Gonçalves - 3ª Edição de 1987


Especificações


Descrição

"Mandei-lhe uma Boca"
de Olga Gonçalves

3ª Edição de 1987
Editorial Caminho
Coleção O Campo da Palavra
120 Páginas

Ainda acredita no amor? Tem a certeza mesmo? Então para que é que se encornam? Para quê tanta mentira e tanta aflição? Para que é que vão para o psiquiatra quelxar-se das angústlas? Sei, sei que é assim. Há malta da minha idade que já foi para a cama com gente casada, o que me parece uma estupidez. O grupo reúne-se e discute, quer dizer, trocamos impressões sobre a moralidade dos pais.

Uns pais arranjam a sua vidinha duma maneira, outros arranjam-na doutra. Pensando bem, parece que aceito melhor os que se estão marimbando, os menos obcecados. Serão egoístas, chamem-lhes o que quiserem. Para mim têm uma qualidade: deixam-nos experimentar uma porção de coisas, deixam-nos saber o que é estar a rebentar de desespero ou de solidão. Não acha que isto é muito importante? Importante porque só assim é que a gente se conhece e é que consegue tomar balanço. Mas a verdade é que os pais são todos uns grandes provocadores de problemas.

A Cândida! A seguir àquilo andou toda revolucionária. Que a pena dela era ter nascido no tempo dos fascistas, que toda a gente agora ia ter estudos nunca mais se calava. Mas outro dia ouvi-a dizer à Júlia: «A gente pobre tem de estar com os ricos, que são eles que nos fazem ganhar dinheiro: Oh! Dependência do dinheiro, não! O que ela vê é que não eram nada sem nós!

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OLGA GONÇALVES nasceu em 12 de Abril de 1929, em Luanda. Frequentou na Universidade de Londres, o King's College e o Queen Elizabeth College. Foi professora de inglês dos funcionários de uma empresa multinacional em Lisboa.

Estreou-se com o volume de poesias Movimento (1972), a que se seguiram 25 Composições e Onze Provas de Artista (1973), Só de Amor (1975), Três Poetas (1981) e Caixa Inglesa (1983). Cultivou sobretudo o romance, tendo obtido o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa com A Floresta de Bremerhaven (1975). Publicou ainda Mandei-lhe Uma Boca (1977), Este Verão o Emigrante Là-Bas(1978), Ora Esguardae (1982, obra finalista do Grande Prémio do Romance e Novela da APE/IPLB e Prémio Mulheres), O Livro de Olotolilisobi (1983), Rudolfo (1985), Sara (1986), Armandina e Luciano, o Traficante de Canários (1988), Contar de Subversão (1990) e Eis Uma História (1992). Traduziu Simone de Beauvoir, A Mulher Destruída (1975) e Benoîte Groult, Assim Seja Ela (1976). Faleceu a 3 de Abril de 2004, em Lisboa.

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