"LUNAR CAUSTIC" de Malcolm Lowry - 1ª Edição de 1985

"LUNAR CAUSTIC"
de Malcolm Lowry

Tradução e Prefácio de Aníbal Fernandes

1ª Edição de 1985
ASSÍRIO & ALVIM
Coleção Gato Maltês Nº 11
102 Páginas

«Nos últimos dias de vida, em clareiras de lucidez que lhe permitiam o regresso a hábitos de escrita, Malcolm Lowry trabalhou no texto de Lunar Caustic.

Tinha passado por dois períodos de tratamento psiquiátrico; o primeiro em 1935 aquele que nos interessa num hospital de Bellevue em Nova Iorque, internamento de dez dias celebrado à saída com uma vingadora bebedeira de quarenta e oito horas. É a experiência literariamente transposta para Lunar Caustic, uma hiperlucidez visionária mais tarde diluída em opacidades anuladoras de toda a criação.

Em Lunar Caustic, o adolescente Garry vive obcecado pelo prenúncio de uma destruição universal sonhada através da imagem da carcaça de uma lancha de carvão anos antes encalhada ao pé de um hospital de Nova Iorque; Barcos destroçados são como que centro emocional, o foco que em Lunar Caustic ilumina a percepção do mundo de Bill Plantagenet.»
Aníbal Fernandes

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Malcolm Lowry (1909 a 1957) foi um romancista e poeta britânico cuja obra-prima é Debaixo do Vulcão e é amplamente aclamada como um dos maiores romances do século XX. Nascido perto de Liverpool, Inglaterra, Lowry cresceu em uma família rica e proeminente e se irritou com as expectativas depositadas sobre ele por seus pais e pelo internato. Ele escreveu apaixonadamente sobre os temas de exílio e desespero, e sua própria sede de viajar e estilo de vida errático o tornaram um ícone para as gerações posteriores de escritores.

Lowry morreu em uma casa alugada na vila de Ripe, Sussex, onde morava com sua esposa Margerie após retornar à Inglaterra no verão de 1955, doente e empobrecido. O veredito do legista foi morte por acidente, e as causas da morte foram inalação de conteúdo estomacal, envenenamento por barbitúricos e consumo excessivo de álcool.

Foi sugerido que sua morte foi suicídio. Inconsistências nos relatos feitos por sua esposa em vários momentos sobre o que aconteceu na noite de sua morte também levantaram suspeitas de assassinato.

Lowry está sepultado no cemitério de São João Batista, em Ripe. Dizem que Lowry escreveu seu próprio epitáfio: "Aqui jaz Malcolm Lowry, falecido em Bowery, cuja prosa era florida e frequentemente carrancuda. Ele vivia todas as noites, bebia diariamente e morreu tocando ukulele", mas o epitáfio não consta em sua lápide

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