"INQUISIÇÃO E CRISTÃOS-NOVOS" de António José Saraiva - 1ª Edição de 1969


Especificações


Descrição

"INQUISIÇÃO E CRISTÃOS-NOVOS"
de António José Saraiva -

1ª Edição de 1969
Editorial Inova - Porto
Coleção Civilização Portuguesa Nº 2
322 Páginas

Alguns autores parecem dar como cousa óbvia a justiça, imparcialidade e isenção dos juízes inquisitoriais, e como fundamentadas, salvo prova em contrário, as acusações que constam das sentenças. É esta uma presunção temerária, porque o processo inquisitorial, como veremos, era secreto, sem apelo, e deixava nas mãos dos inquisidores o poder praticamente absoluto e arbitrário de condenar ou absolver. E por outro lado o Tribunal do Santo Ofício, que vivia sobre os bens confiscados dos réus e a quem convinha demonstrar que o Judaísmo se multiplicava, era parte interessada nos processos

Geralmente confunde-se Cristão-novo e Judeu . Para quase todos os Autores que escreveram sobre Cristãos-Novos o problema deles é um problema de Judaísmo. Esta crença era já a dos Inquisidores, que fizeram tudo para a acreditar. O Autor do presente ensaio pretende contestá-la. Empresa difícil, porque é um desafio, não apenas à inércia das ideias feitas e à susceptibilidade dos mitos, mas ainda à evidência indiscutida de uma documentação que, pela sua enormidade, faz as delícias dos eruditos: a secção inquisitorial da Torre do Tombo. O nosso propósito, nas páginas seguintes, é problematizar a Inquisição, problematizando do mesmo passo o conceito de Cristãos-Novos

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António José Saraiva
(Leiria, 31 de Dezembro de 1917 - Lisboa, 17 de Março de 1993) foi professor e historiador de Literatura portuguesa. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde conheceu Óscar Lopes, co-autor da sua História da Literatura Portuguesa. Obteve o doutoramento em Filologia Românica, em 1942. Exilou-se em França em 1959 e viveu posteriormente na Holanda, onde leccionou na Universidade de Amesterdão. Regressado a Portugal, após a Revolução dos Cravos, tornou-se professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Publicou uma vastíssima e importante bibliografia, considerada uma referência nos domínios da História da Literatura e da História da Cultura portuguesas, amadurecida quer na edição de obras e no estudo de autores individualizados (Camões, Correia Garção, Cristóvão Falcão, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Gil Vicente, Eça de Queirós, Oliveira Martins), quer através da publicação de obras de grande fôlego como a História da Cultura em Portugal ou, de parceria com Óscar Lopes, a História da Literatura Portuguesa.

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