"GREI" de Manuel Ferreira - 2ª Edição de 1978


Especificações


Descrição

"GREI"
de Manuel Ferreira

Capa de Mário Henrique Leiria sobre Foto de Domingos Martins

2ª Edição de 1978
Plátano Editora
Coleção Poliedro
114 Páginas

Manuel Ferreira (Gândara dos Olivais, Leiria, 18 de julho de 1917 Linda-a-Velha, Oeiras, 17 de março de 1992) foi um escritor português que se tornou conhecido por divulgar a literatura e a cultura africanas de língua portuguesa.

Frequentou os cursos Comercial e de Farmácia dos liceus; licenciou-se em Ciências Sociais e Políticas pela Universidade Técnica de Lisboa.

Durante o serviço militar, foi mobilizado como expedicionário para Cabo Verde, em 1941, tendo lá permanecido seis anos, até 1947. Na cidade do Mindelo, na Ilha de São Vicente, conviveu com os grupos intelectuais cabo-verdianos ligados às revistas Claridade e Certeza.

Casou com a escritora cabo-verdiana Orlanda Amarílis, com quem teve dois filhos, Sérgio Manuel Napoleão Ferreira (nascido em Cabo Verde) e Hernâni Donaldo Napoleão Ferreira (nascido em Goa).

Depois de Cabo Verde, viveu também na Índia Portuguesa (Goa) e em Angola, tendo visitado outros países africanos. Manuel Ferreira viria a tomar-se um profundo estudioso da cultura de expressão portuguesa das antigas colónias e era considerado, nos mais diversos círculos internacionais, uma autoridade mundial nessa matéria. A obra ensaística e de ficção de Manuel Ferreira na qual denunciava a repressão do colonialismo e do regime fascista está profundamente marcada pelas experiências nas ex-colónias portuguesas onde o autor viveu.

Os seus ensaios de literatura africana de língua portuguesa, bem como as suas antologias de poesia africana, são consideradas imprescindíveis para o estudo dessas correntes de criação. Quer pelo ambiente da sua obra literária, quer pela divulgação que fez das literaturas africanas de língua portuguesa, Manuel Ferreira, português, pode ser considerado como um escritor africano de expressão portuguesa, que conferiu uma maior universalidade à língua de Camões.

Manuel Ferreira estreou-se em 1944 com o volume de contos Grei, publicando a seguir o romance A Casa dos Motas (1956), obras que se integraram na corrente neorrealista que constituiu o mais importante movimento da literatura portuguesa contemporânea. Também as suas obras de inspiração africana assumem idêntico perfil.

Além da sua obra romanesca e ensaística, parte da qual está traduzida em várias línguas, Manuel Ferreira é igualmente autor de livros para crianças. Como docente e estudioso da literatura africana, publicou numerosos estudos; fundou e dirigiu a revista África Literatura, Arte e Cultura e as Edições ALAC (África, Literatura, Arte e Cultura). Depois da restauração da democracia em Portugal, criou, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a cadeira de Literatura Africana em Língua Portuguesa. Colaborou em numerosas publicações periódicas portuguesas e estrangeiras, como Vértice e Seara Nova; organizou, nomeadamente,. as antologias No Reino de Caliban (3 volumes., 1975, 1976, 1996) e 50 Poetas Africanos. Antologia Seletiva (1989).

Recebeu os prémios Fernão Mendes Pinto, em 1958, por Morabeza; Prémio Ricardo Malheiros, em 1962, por Hora di Bai, e o Prémio da Imprensa Cultural, por A Aventura Crioula, em 1967.

Em 1988, no interessante ensaio intitulado Que Futuro para a Língua Portuguesa em África?, o emérito africanista escrevia que os Cinco [países africanos] partiam do princípio de que a língua é um facto cultural , transformando o português no plano da oralidade e no plano da escrita . Para ele, o futuro seria assim: A língua não é de nenhum para ser de todos. Não há por conseguinte um patrão. Todos são patrões. E se há uma língua, que é a língua portuguesa, há várias normas e logicamente umas tantas variantes: a variante da Guiné-Bissau, a variante de Cabo Verde, de São Tomé e Príncipe, a variante de Angola, Moçambique, do Brasil, da Galiza, de Timor-Leste, a variante de Portugal.

Manuel Ferreira era, no momento da morte, Professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

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