"DISCUSSÃO" de Jorge Luis Borges - 2ª Edição de 1986

"DISCUSSÃO"
de Jorge Luis Borges

2ª Edição de 1986
DIFEL Editorial - Brasil
146 Páginas

"Discussão", publicado originalmente em 1932, reúne artigos, ensaios e notas sobre literatura, filosofia e cinema em que Borges exercita seu olhar sempre surpreendente e seu modo inusitado de abordar questões espinhosas da metafísica e da estética, operando numa espécie de linha cruzada: ele mesmo disse que tendia a ter uma visão estética das questões filosóficas. Ao mesmo tempo, raramente deixa de filtrar os assuntos através de seu humor refinado, em especial quando ataca com subtileza as ideias prontas ou dominantes no campo do pensamento. Seu ceticismo básico e sua postura irónica estão presentes em artigos como "A duração do inferno", em que constata um "indiscutível cansaço geral na propaganda desse estabelecimento"

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Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo foi um contista, ensaísta, poeta e tradutor argentino considerado uma figura-chave na literatura de língua espanhola e internacional. Suas obras mais conhecidas, Ficciones (trad. Ficções) e El Aleph (trad. O Aleph), publicadas na década de 1940, são coleções de contos que exploram motivos como sonhos, labirintos, acaso, infinito, arquivos, espelhos, escritores de ficção e mitologia. As obras de Borges contribuíram para a literatura filosófica e o gênero de fantasia, e tiveram uma grande influência no movimento realista mágico na literatura latino-americana do século XX.
Nascido em Buenos Aires, Borges mais tarde se mudou com sua família para a Suíça em 1914, onde estudou no Collège de Genève. A família viajou muito pela Europa, incluindo a Espanha. Em seu retorno à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em jornais literários surrealistas. Ele também trabalhou como bibliotecário e palestrante público. Em 1955, foi nomeado diretor da Biblioteca Pública Nacional e professor de Literatura Inglesa na Universidade de Buenos Aires. Ficou completamente cego aos 55 anos. Estudiosos sugeriram que sua cegueira progressiva o ajudou a criar símbolos literários inovadores por meio da imaginação. Na década de 1960, seu trabalho foi traduzido e publicado amplamente nos Estados Unidos e na Europa. O próprio Borges era fluente em vários idiomas.
Em 1961, ele ganhou atenção internacional quando recebeu o primeiro Prêmio Formentor, que dividiu com Samuel Beckett . Em 1971, ganhou o Prêmio Jerusalém. Sua reputação internacional foi consolidada na década de 1960, auxiliada pelo crescente número de traduções para o inglês, o Boom Latino-Americano e pelo sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez . Ele dedicou sua obra final, Os Conspiradores, à cidade de Genebra, Suíça. O escritor e ensaísta JM Coetzee disse sobre ele: "Ele, mais do que ninguém, renovou a linguagem da ficção e, assim, abriu caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos".

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