"BUBU DE MONTPARNASSE" de Charles-Louis Philippe - 1ª Edição de 2014


Especificações


Descrição

"BUBU DE MONTPARNASSE"
de Charles-Louis Philippe

Tradução, apresentação e conclusão de Aníbal Fernandes

Prefácio de T. S. Eliot

1ª Edição de 2014
SISTEMA SOLAR
140 Páginas

«Continuo os meus estudos sobre a prostituição. E descubro coisas horríveis. Sífilis, alcoolismos, canalhice, são os fenómenos quotidianos de mais de cinquenta mil mulheres de Paris. Sinto sobretudo uma compaixão imensa por esta miséria.»

A história contada em Bubu que poderia ter-se limitado a prolongar outras histórias que em Zola ou nos Goncourt rondam os meios da prostituição isolava-se por uma diferença. Fazia a sua denúncia com uma ambiguidade incómoda para muitos leitores dessa época, dir-se-á que escondia mal um elogio da força, que se afastava do bom exemplo moralizador e se decidia por um desfecho que dava vitória aos opressores. Philippe [Cérilly (Allier), 1874 Paris, 1909] denunciava uma realidade parisiense do seu tempo apoiando-se em factos e em números, como se depreende de uma das suas cartas: «Continuo os meus estudos sobre a prostituição. E descubro coisas horríveis. Sífilis, alcoolismos, canalhice, são os fenómenos quotidianos de mais de cinquenta mil mulheres de Paris. Sinto sobretudo uma compaixão imensa por esta miséria.» De tudo isto o seu romance fez um retrato implacável mas com voz de homem seduzido pela força pessoal, incapaz de evitar uma vitória do «fortalhaço» Bubu. Que no mundo as coisas vão mal e os fortes vencem, é uma das afirmações que mais facilmente se extraem do seu texto. Em toda a sua obra literária Philippe inventa pouco e constrói levemente uma ficção que olha a sua própria vida ou o que bem perto dela andou. Os factos de Bubu de Montparnasse são quase todos reais.
Aníbal Fernandes, «Apresentação»

Já houve muitos romances sobre a vida no seu baixo nível, sobre o vício e a degradação das grandes cidades. Romances de sentimentalismos, romances de sátira, romances de indignação, romances de reforma social, romances de luxúria. Bubu de Montparnasse consegue não ser nada disto e não pertence ao último caso, categoricamente. É certo que Philippe incomoda e demora-se, complacente, no que podemos sentir pelo mundo como ele é; mas não tem um remédio que lhe permita fazer uma argumentação. É ao mesmo tempo compadecido e desapaixonado; no seu livro não condenamos ninguém, nem sequer condenamos um «sistema social»; e ao lê-lo, até o mais virtuoso poderá sentir isto: pequei enormemente por pensamento, palavra e obra.
T.S Eliot, «Prefácio»

---
Charles-Louis Philippe
Poeta e romancista francês, nasceu no dia 4 de Agosto de 1874, em Cérilly, e morreu no dia 21 de Dezembro de 1909, em Paris. Foi um dos fundadores de La Nouvelle Revue française. Bubu de Montparnasse é uma das suas obras mais conhecidas.

"Em toda a sua obra literária Philippe inventa pouco e constrói levemente uma ficção que olha a sua própria vida ou o que bem perto dela andou. Os factos de Bubu de Montparnasse são quase todos reais."

NOVO - PORTES GRÁTIS

Raul Ribeiro
PRO

Raul Ribeiro

Anunciante desde Abr. 2013
Tempo de resposta inferior a 34 minutos Online agora
Tempo de resposta inferior a 34 minutos Online agora

Serviços adicionais

Verifique as melhores opções de crédito ou seguro para o seu caso.


Localização

Lisboa - Cascais

Raul Ribeiro
PRO

Raul Ribeiro

Anunciante desde Abr. 2013
Tempo de resposta inferior a 34 minutos Online agora
Tempo de resposta inferior a 34 minutos Online agora